quinta-feira, 17 de junho de 2021

Doenças do sistema excretor- Acne

O que é?

Provavelmente a doença da pele mais comum, a acne vulgar afeta entre 85 a 100% da população em qualquer momento da sua vida. Contudo, as faixas etárias mais afetadas situam-se entre os 10 e os 24 anos. Este é um problema muito frequente (e quase universal) durante a adolescência.

Embora não seja grave, tem um impacto psicológico importante, dada a idade dos jovens afetados. Esse impacto é, de um modo geral, de curto prazo, mas deve ser acompanhado, pois existe o risco de se tornar grave, acompanhando-se de uma diminuição da autoestima que pode conduzir ao afastamento social ou à depressão.

Num estudo realizado em Portugal, encontrou-se uma prevalência de acne de 82,4% em jovens de 10 a 12 anos, com predomínio do género masculino. Desses jovens, apenas 44% faziam algum tipo de tratamento.

Noutro estudo português, observou-se acne em 42,1% de jovens antes dos 15 anos, em 55,8% dos 15-29 anos, em 9,2% dos 30-40 anos e em 2,1% em pessoas com mais de 40 anos.

É importante, no entanto, não esquecer que a acne não atinge apenas os adolescentes: muitas mulheres com 30, 40, 50 anos ou mais podem apresentar acne e mesmo os recém-nascidos podem sofrer deste quadro clínico.

A acne é uma doença da pele na qual os folículos pilosos apresentam excesso de gordura e células da pele mortas. As áreas mais afetadas são a face, pescoço, peito, costas e ombros, uma vez que é nestas regiões que existe maior concentração de folículos sebáceos.

As lesões da acne tendem a cicatrizar lentamente e frequentemente desaparecem noutros locais e surgem noutros.


Sintomas


As formas de manifestação mais comuns são lesões não inflamatórias, os vulgares comedões, de cabeça branca ou negra, que resultam do preenchimento dos folículos pilosos por gordura, células e bactérias. 

As lesões inflamatórias correspondem às pápulas, mais salientes, vermelhas e dolorosas, dada a presença de infeção no folículo piloso. 

Nos casos mais graves de acne, formam-se lesões de maior dimensão, que são incomodativas e podem originar cicatrizes permanentes, como:

-Pústulas;

-Nódulos;

-Quistos.


Causas


A acne resulta de um excesso de produção de gordura, da acumulação de células cutâneas mortas que irritam os folículos pilosos e a acumulação bacteriana no meio dessa gordura e células mortas.

Existem fatores que podem agravar a acne, como:

-As hormonas masculinas;

-As alterações hormonais durante a gravidez ou relacionadas com o uso de anticoncetivos orais;

-Alguns medicamentos (corticoides, androgénios, lítio);

-Alimentos ricos em hidratos de carbono, que aumentam os níveis de açúcar no sangue.


As alterações hormonais são comuns na adolescência, nas raparigas e mulheres dois a sete dias antes do período menstrual e na gravidez.

Ao contrário do que se costuma pensar, os alimentos ricos em gordura, o chocolate ou a pele pouco limpa não são fatores importantes no desenvolvimento da acne. De facto, a limpeza excessiva da pele com agentes irritantes pode agravar a acne, sendo suficiente uma limpeza suave para remover excessos de gordura e células mortas.

O contacto da pele com substâncias oleosas ou alguns cosméticos, a história familiar, a fricção da pele por telemóveis, capacetes, adornos são também fatores a considerar.

O stress não provoca a acne mas, quando esta doença está presente, o stress pode agravá-la.


Diagnóstico


O diagnóstico da acne é feito pelo médico dermatologista, uma vez que existem outras doenças da pele que podem simular esta condição. Uma vez feito o diagnóstico, o médico irá definir o seu grau de gravidade e, em função disso, definir o melhor tratamento.


Tratamento


Existe o mito de que não vale a pena tratar a acne e de que ela deve seguir o seu curso. Contudo, se não tratada, a acne pode dar origem a cicatrizes inestéticas ou mesmo desfigurantes, as quais são, por si próprias, difíceis de tratar. Essa evolução será tanto mais rara quanto mais precoce for o início do tratamento. Este é frequentemente muito eficaz e permite uma melhoria da autoestima.


O tratamento da acne baseia-se na redução na produção de gordura, na aceleração da renovação das células da pele, no controlo da infeção e na redução da infeção.


De um modo geral, o tratamento deve ser prolongado, não sendo visíveis resultados antes de quatro a oito semanas de tratamento.


Os tratamentos podem ser locais ou orais. Os medicamentos orais não devem ser utilizados durante a gravidez, sobretudo no primeiro trimestre.


Alguns exemplos de opções terapêuticas passam por:

-Loções que reduzem a produção de gordura, conseguem destruir as bactérias e promovem a eliminação das células cutâneas mortas;

-Medicamentos, muitos deles baseados em formulações derivadas da vitamina A que estimulam a renovação das células da pele. A isotretinoína é um medicamento útil nas formas mais graves de acne, mas deve ser utilizada sob estreita supervisão médica. Os antibióticos são importantes na eliminação das bactérias que se acumulam na pele;

-Contracetivos orais;

-Tratamento com laser ou fototerapia;

-Esfoliação ou microabrasão cutânea;

-Recurso ao preenchimento com colagénio das áreas mais afetadas.


 O tratamento para cada caso de acne deverá ser decidido pelo médico dermatologista. Muitos dos medicamentos disponíveis podem apresentar efeitos secundários e, por isso, é importante definir o tratamento mais adequado a cada caso. 


Prevenção


-Lave as áreas mais problemáticas com uma solução suave, que ajuda a controlar a acne;

-Evite substâncias que possam irritar a pele, bem como o contacto da pele com o cabelo, objetos, suor e gorduras;

-Nunca esprema as lesões da pele para evitar a formação de cicatrizes ou a infeção;

-A exposição ao sol deve ser controlada e alguns dos medicamentos que tratam a acne podem tornar a pele mais sensível ao sol;

-Seja moderado no uso de maquilhagem, que pode irritar a pele e, se for utilizada, deve ser retirada ao deitar;

-Não use roupa muito apertada.

 

O papel da dieta


A alimentação é um aspeto importante a considerar. De um modo geral, a carga de açúcar parece ter impacto no desenvolvimento da acne. Os dados mais recentes sugerem ser importante um acompanhamento nutricional especializado e específico para cada caso.


Fontes


https://www.cuf.pt/saude-a-z/acne



O sistema respiratório

 Olá a todos, aqui está um mapa mental que fiz sobre este tema!! Espero que gostem :) 

Mapa Mental criado por Inês Coutinho com GoConqr

domingo, 13 de junho de 2021

Doenças e saúde do sistema linfático- Leucemia

O QUE É?

A Leucemia é um cancro das células mais primitivas da medula óssea - as células estaminais - que são as células que dão origem às células do sangue. A medula óssea é o órgão onde se formam as células do sangue, as células maduras formam-se a partir das células estaminais, que são mais primitivas. 

Existem vários tipos de leucemia, sendo a mais comum a leucemia linfática crónica

Os linfócitos são as principais células do sistema imunitário. Os linfócitos são glóbulos brancos que são formados da medula óssea. Os linfócitos B constituem um dos tipos de glóbulos brancos, e são as células de origem da leucemia linfática crónica. 

A leucemia linfática crónica é uma doença em que se acumulam muitos linfócitos anormais. Estes linfócitos não se multiplicam mais depressa mas sobrevivem mais, ao contrário do que acontece nas leucemias agudas. Estes linfócitos parecem normais ao microscópio mas funcionam mal. É uma doença que se desenvolve muito lentamente (durante meses a anos mesmo sem tratamento) e os sintomas como anemia, hemorragias ou infeções podem demorar anos a aparecer. 

Os sintomas manifestam-se quando o número de linfócitos doentes se torna muito alto, impedindo a medula de fabricar as outras células saudáveis para as funções normais do sangue. A terapêutica para este tipo de leucemia tem como objetivo baixar o número de glóbulos brancos. Na leucemia as células doentes que são fabricadas na medula vão transbordar para o sangue e vamos encontrá-las em circulação. Há vários tipos de leucemia, sendo que a sua maioria desenvolve-se a partir das células que vão dar origem a glóbulos brancos. 

As células estaminais pluripotentes dão origem a duas linhagens de células: a linfóide e a mielóide

A linhagem mielóide dá origem a células normais, e quando doente dá origem às leucémias mielóides.

A linhagem linfóide dá fundamentalmente origem aos linfócitos e plasmócitos, e quando doente dá origem a leucémias linfóides ou linfoblásticas e a linfomas.

As leucemias podem ser classificadas ainda em agudas e crónicas, de acordo coma sua apresentação clínica. As leucemias agudas aparecem e progridem de forma rápida, enquanto que as crónicas são lentas no seu aparecimento e curso clínico. 

Assim, as principais leucemias são:

-Leucemia linfoblástica aguda- é o tipo mais comum de leucemia em idade pediátrica;

-Leucemia mielóide aguda- afeta quer adultos, quer crianças;

-Leucemia linfoide crónica- afeta principalmente adutos;

-Leucemia mielóide crónica- afeta principalmente adultos.


PREVENÇÃO

Não existem estratégias de prevenção contra a leucemia linfática crónica.


FATORES DE RISCO

Qualquer comportamento ou condição que aumenta o seu risco de ter uma doença é um fator de risco. Se um ou mais fatores de risco se aplicarem a si, não quer dizer que desenvolverá necessariamente leucemia linfática crónica.

Da mesma forma, a leucemia linfática crónica pode aparecer em indivíduos que não apresentem fatores de risco conhecidos.

Ainda não foi possível encontrar as causas, mas alguns fatores de risco são conhecidos. Os principais fatores de risco são:

-Idade- ter mais de 60 anos constitui um fator de risco, sendo uma doença rara em pessoas com menos de 40 anos;

-Ser do sexo masculino;

-Antecedentes familiares- ter um parente de primeiro grau com esta doença;

-Ter uma doença auto-imune em que se fabricam auto-anticorpos contra os glóbulos vermelhos ou contra as plaquetas.


SINTOMAS

Os sintomas da leucemia linfática crónica não são exclusivos, podem aparecer noutras doenças. O facto de ter um ou mais dos sintomas aqui descritos não significa que tem leucemia linfática crónica.

No início da doença, em muitos casos, não há sintomas. Esta doença é frequentemente diagnosticada porque o doente fez uma análise d e sangue d rotina ou por outra razão qualquer que não por suspeita de leucemia. Metade das pessoas com leucemia linfática crónica não apresentam sintomas. Durante um tempo que pode ser de meses a anos, um grande número de linfócitos anormais pode acumular-se em circulação sem causar problemas.

Com o passar do tempo, os linfócitos anormais preenchem a medula óssea, tornando difícil a substituição das células normais do sangue que vão morrendo.

Deverá estar atento e consultar o seu médico se tiver os seguintes sintomas:

-Anemia- ocorre quando o número de glóbulos vermelhos no sangue diminui. Pode causar cansaço e/ou falta de ar. Os doentes também podem ficar mais pálidos;

-Hemorragias- devem-se a um reduzido número de plaquetas em circulação, podendo causar feridas fáceis, hemorragias gengivais e aparecimento de hemorragias na pele ou mucosas;

-Infeções- os linfócitos doentes não protegem contra infeções, são ineficazes. Assim sendo, há falta de glóbulos brancos eficientes para combater as infeções;

-Aumento de volume dos gânglios linfáticos e do baço;

-Febre;

-Transpiração noturna;

-Perda de peso.


A QUEM SE DEVE DIRIGIR?

Em caso de suspeita de cancro, devido a sintomas ou a um exame complementar de diagnóstico que apresente uma alteração, deve dirigir-se a um Hematologista Clínico.


Fontes: https://www.cuf.pt/saude-a-z/leucemia

segunda-feira, 10 de maio de 2021

Resolução das páginas 119 e 120 do Manual

 Página 119 do Manual

1) 1.1) A- artéria aorta 

B- artéria pulmonar

C- veias pulmonares

D- veia cava inferior

E- aurícula direita

F- aurícula esquerda

G- válvula tricúspide

H- válvula bicúspide

I- ventrículo direito

J- ventrículo esquerdo

1.2) D

1.3) C

1.4) C

2) 2.1)  I- circulação sistémica

II- circulação pulmonar

2.2) A- órgãos da parte inferior do corpo

B- órgãos da parte superior do corpo

C- miocárdio (coração) 

D- veia cava superior

E- artéria pulmonar

F- artéria aorta

G- veias pulmonares

2.3) C

3) 3.1) A- capilar

B- veia

C- artéria

3.2) A- capilar pois encontra-se no sítio dos capilares e mostra no seu interior leucócitos e outros constituintes do sangue.

B- veia pois as paredes da mesma são menos espessas, e está representada a azul, indicando o transporte e presença de sangue venoso.

C- artéria pois as paredes da mesma são mais espessas e está representada a vermelho, indicando presença e transporte de sangue arterial.

3.3) Artérias- possuem paredes espessas e elásticas, resistentes à elevada pressão sanguínea pois são elas que fazem o sangue ir para todas as partes do corpo necessitando de grande impulso e pressão para isso.

Veias- são de grande calibre e as suas paredes são menos espessas e elásticas que as das artérias pois servem para carregar grandes quantidades de sangue para dentro do coração.

3.4) Caso o indivíduo seja ferido, a presença dos capilares (que por sua vez contêm leucócitos a passar dentro deles) junto do ferimento vai permitir uma atuação dos leucócitos no ferimento mais rapidamente.

3.5) A

4) 4.1) A- artérias

B- arteríolas

C- capilares

D- vénula

E- veia

4.2) 4.2.1) A pressão do sangue nas artérias é elevada, depois nas arteríolas diminui um pouco, ao passar para os capilares diminui drasticamente e vai diminuindo progressivamente das vénulas para as veias.

4.2.2) Ao colocar mais pressão no vaso sanguíneo em questão, a velocidade do sangue também aumenta, por isso a velocidade do sangue nas artérias é elevada, depois nas arteríolas diminui um pouco, ao passar para os capilares diminui drasticamente e vai aumentando progressivamente das vénulas para as veias.

4.2.3) Nas artérias a área total de secção é baixa, nas arteríolas aumenta progressivamente até chegar aos capilares onde aumenta drasticamente. A partir daí, a área total de secção vai diminuindo progressivamente dos capilares, para as vénulas e para as veias.

5) 5.1) A- aurícula direita

B- artéria aorta

C- artéria pulmonar

D- ventrículo esquerdo

5.2) A

5.3) A

5.4) A utilização deste aparelho de suporte vital, o coração artificial. 






quinta-feira, 6 de maio de 2021

Resolução da página 113 do Manual

 Página 113 do Manual

1) Quando uma pessoa tem uma alimentação rica em gorduras, estas mesmas vão acabar por estar presentes no sangue, quando isso acontece vai acabar por haver uma acumulação de gorduras nas veias e essas acumulações vão obstruir as veias dificultando a passagem do sangue nas mesmas. Ao passar por certas "secções" das veias que estão obstruídas, o sangue irá causar uma elevada pressão sobre as veias, que eventualmente acabarão por dilatar o que também prejudicaria as válvulas venosas, que podem mesmo deixar de cumprir as suas funções, havendo um refluxo de sangue nas veias.

2) Haver um refluxo de sangue nas veias, devido ao mau funcionamento das válvulas venosas. Isso causa a possibilidade de o sangue não chegar a algumas partes do corpo.

3) Manter uma alimentação saudável, variada, equilibrada e pobre em gorduras, açúcar e sal.

Resolução da página 110 do Manual

 Página 110 do Manual

1) A- diástole geral

B- sístole ventricular 

2) 2.1) Quando em A ocorre a diástole geral, os ventrículos enchem-se de sangue, daí os elevados valores de volume do sangue no ventrículo esquerdo. E quando em B ocorre a sístole ventricular, ocorre uma contração dos ventrículos "espremendo" o sangue dos mesmos.

2.2) Quando em A ocorre a diástole geral, os ventrículos enchem-se de sangue e estão totalmente relaxados, daí os baixos valores de pressão no ventrículo esquerdo. E quando em B ocorre a sístole ventricular, ocorre uma contração dos ventrículos "espremendo" o sangue dos mesmos, daí os elevados valores de pressão no ventrículo esquerdo.

2.3) Quando em A ocorre a diástole geral, todo o coração está totalmente relaxado e o mesmo enche-se de sangue, e quando em B ocorre a sístole ventricular, ocorre uma contração dos ventrículos que espreme o sangue dos mesmos empurrando-o para a artéria aorta, daí os elevados valores de pressão na mesma nesse instante.

3) I- 1º ruído cardíaco 

II- 2º ruído cardíaco

O sistema nervoso

 Olá!! Aqui está um mapa mental que fiz sobre este tema. Espero que gostem :)  Mapa Mental criado por Inês Coutinho com GoConqr