domingo, 13 de junho de 2021

Doenças e saúde do sistema linfático- Leucemia

O QUE É?

A Leucemia é um cancro das células mais primitivas da medula óssea - as células estaminais - que são as células que dão origem às células do sangue. A medula óssea é o órgão onde se formam as células do sangue, as células maduras formam-se a partir das células estaminais, que são mais primitivas. 

Existem vários tipos de leucemia, sendo a mais comum a leucemia linfática crónica

Os linfócitos são as principais células do sistema imunitário. Os linfócitos são glóbulos brancos que são formados da medula óssea. Os linfócitos B constituem um dos tipos de glóbulos brancos, e são as células de origem da leucemia linfática crónica. 

A leucemia linfática crónica é uma doença em que se acumulam muitos linfócitos anormais. Estes linfócitos não se multiplicam mais depressa mas sobrevivem mais, ao contrário do que acontece nas leucemias agudas. Estes linfócitos parecem normais ao microscópio mas funcionam mal. É uma doença que se desenvolve muito lentamente (durante meses a anos mesmo sem tratamento) e os sintomas como anemia, hemorragias ou infeções podem demorar anos a aparecer. 

Os sintomas manifestam-se quando o número de linfócitos doentes se torna muito alto, impedindo a medula de fabricar as outras células saudáveis para as funções normais do sangue. A terapêutica para este tipo de leucemia tem como objetivo baixar o número de glóbulos brancos. Na leucemia as células doentes que são fabricadas na medula vão transbordar para o sangue e vamos encontrá-las em circulação. Há vários tipos de leucemia, sendo que a sua maioria desenvolve-se a partir das células que vão dar origem a glóbulos brancos. 

As células estaminais pluripotentes dão origem a duas linhagens de células: a linfóide e a mielóide

A linhagem mielóide dá origem a células normais, e quando doente dá origem às leucémias mielóides.

A linhagem linfóide dá fundamentalmente origem aos linfócitos e plasmócitos, e quando doente dá origem a leucémias linfóides ou linfoblásticas e a linfomas.

As leucemias podem ser classificadas ainda em agudas e crónicas, de acordo coma sua apresentação clínica. As leucemias agudas aparecem e progridem de forma rápida, enquanto que as crónicas são lentas no seu aparecimento e curso clínico. 

Assim, as principais leucemias são:

-Leucemia linfoblástica aguda- é o tipo mais comum de leucemia em idade pediátrica;

-Leucemia mielóide aguda- afeta quer adultos, quer crianças;

-Leucemia linfoide crónica- afeta principalmente adutos;

-Leucemia mielóide crónica- afeta principalmente adultos.


PREVENÇÃO

Não existem estratégias de prevenção contra a leucemia linfática crónica.


FATORES DE RISCO

Qualquer comportamento ou condição que aumenta o seu risco de ter uma doença é um fator de risco. Se um ou mais fatores de risco se aplicarem a si, não quer dizer que desenvolverá necessariamente leucemia linfática crónica.

Da mesma forma, a leucemia linfática crónica pode aparecer em indivíduos que não apresentem fatores de risco conhecidos.

Ainda não foi possível encontrar as causas, mas alguns fatores de risco são conhecidos. Os principais fatores de risco são:

-Idade- ter mais de 60 anos constitui um fator de risco, sendo uma doença rara em pessoas com menos de 40 anos;

-Ser do sexo masculino;

-Antecedentes familiares- ter um parente de primeiro grau com esta doença;

-Ter uma doença auto-imune em que se fabricam auto-anticorpos contra os glóbulos vermelhos ou contra as plaquetas.


SINTOMAS

Os sintomas da leucemia linfática crónica não são exclusivos, podem aparecer noutras doenças. O facto de ter um ou mais dos sintomas aqui descritos não significa que tem leucemia linfática crónica.

No início da doença, em muitos casos, não há sintomas. Esta doença é frequentemente diagnosticada porque o doente fez uma análise d e sangue d rotina ou por outra razão qualquer que não por suspeita de leucemia. Metade das pessoas com leucemia linfática crónica não apresentam sintomas. Durante um tempo que pode ser de meses a anos, um grande número de linfócitos anormais pode acumular-se em circulação sem causar problemas.

Com o passar do tempo, os linfócitos anormais preenchem a medula óssea, tornando difícil a substituição das células normais do sangue que vão morrendo.

Deverá estar atento e consultar o seu médico se tiver os seguintes sintomas:

-Anemia- ocorre quando o número de glóbulos vermelhos no sangue diminui. Pode causar cansaço e/ou falta de ar. Os doentes também podem ficar mais pálidos;

-Hemorragias- devem-se a um reduzido número de plaquetas em circulação, podendo causar feridas fáceis, hemorragias gengivais e aparecimento de hemorragias na pele ou mucosas;

-Infeções- os linfócitos doentes não protegem contra infeções, são ineficazes. Assim sendo, há falta de glóbulos brancos eficientes para combater as infeções;

-Aumento de volume dos gânglios linfáticos e do baço;

-Febre;

-Transpiração noturna;

-Perda de peso.


A QUEM SE DEVE DIRIGIR?

Em caso de suspeita de cancro, devido a sintomas ou a um exame complementar de diagnóstico que apresente uma alteração, deve dirigir-se a um Hematologista Clínico.


Fontes: https://www.cuf.pt/saude-a-z/leucemia

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